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Dúvidas, questões e indecisões

Update Corrida

Multiple question marks on paper

A pouco mais de uma semana de chegarmos ao momento pelo qual temos todos esperado, ocorre-me que já há algum tempo que não olho para o estado da corrida. Estou convicto que, passado este tempo todo, já teremos uma noção muito mais concreta de quem está na liderança para as tão desejadas estatuetas. E, depois de olhar para as minhas pesquisas, apercebo-me que… continua tudo incrivelmente no ar.

O Producers Guild of America Awards costumam ser um dos melhores presságios para percebermos quem será o vencedor na categoria de Melhor Filme. Portanto, com a vitória de “The Big Short” nesses prémios, deveremos ter aí o nosso favorito, certo? Bem, para termos a certeza, vamos ver quem ganhou o “Best Ensemble Cast” nos prémios do sindicatos dos atores, outro indicador que costuma estar quase sempre em sintonia com o Melhor Filme dos Óscares. E, nesses prémios, quem ganhou foi… “Spotlight”. Ok.

Para juntar a confusão, ainda temos “The Revenant”. Tenho sido sempre da opinião que tanto este filme como o seu realizador, Alejando G. Iñárritu, não terão grandes hipóteses este ano, dado que o mexicano ganhou no ano passado, com “Birdman”, e, a ganhar este ano, seria o primeiro realizador a ganhar dois anos consecutivos desde os tempos dos lendários John Ford e Joseph L. Mankiewicz. Mas, com vitórias nos Golden Globes, BAFTA e Directors Guild of America Awards, Iñárritu está claramente na corrida e é o favorito pelo menos na categoria de Melhor Realizador. O seu grande rival aí deverá ser George Miller, com “Mad Max: Fury Road”.

Já na categoria dos atores e atrizes, a coisa torna-se um pouco menos confusa – até certo ponto. Nas categorias “principais” é onde temos mais clareza de onde o voto se está a inclinar. Seria preciso uma das maiores reviravoltas de tendência de voto de sempre para impedir Leonardo DiCaprio (“The Revenant”) e Brie Larson (“Room”) de levarem para casa os Óscares de Melhor Ator Principal e Melhor Atriz Principal. Poucos Óscares estão tão “entregues” à chegada à cerimónia.

É nas performances secundárias que a coisa fica mais interessante. Para Melhor Atriz Secundária, a favorita é Alicia Vikander (“The Danish Girl”), principalmente depois da sua vitória nos Screen Actors Guild Awards. A sua grande rival continua a ser Kate Winslet com “Steve Jobs”, que saiu vencedora nos Golden Globes e nos BAFTA e era considerada a leve favorita no início da corrida, antes de Vikander começar a ter cada vez atenção pelo seu papel.

E o que dizer acerca do Óscar de Melhor Ator Secundário? Primeiro, que o vencedor nos prémios do sindicato dos atores não significa nada, dado que três dos cinco nomeados nesses prémios eram diferentes dos nomeados para os Óscares – e o vencedor acabou por ser um deles, com Idris Elba (“Beast of No Nation”) a sair no topo. Olhando para os Óscares, o favorito emocional é Sylvester Stallone, mas esta categoria tem muita e boa competição. Mark Rylance (“Bridge of Spies”) e Mark Ruffalo (“Spotlight”) são considerados os principais concorrentes mas, francamente, tanto Christian Bale (“The Big Short”) como Tom Hardy (se a noite começar a pender para o lado de “The Revenant”) podem perfeitamente ganhar. Mais do que qualquer outra “corrida oscariana” de que tenho memória, este prémio está completamente no ar.

 

Pedro Quedas

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